2 horas! Se mora no Porto ou em Lisboa não precisa de mais do que 2 horas para chegar à rainha da costa de Prata, a Figueira da Foz!
A cidade fica na foz do rio Mondego e pertence ao distrito de Coimbra. É curioso pensarmos que o nome da cidade – Figueira da FOZ – está relacionado com o facto da FOZ do rio se encontrar neste local. Aqui localiza-se uma das praias mais bonitas, famosas e procuradas de Portugal. Habitualmente chamada de Rainha da costa de prata, a cidade da Figueira é muito visitada pelos amantes de praia. Aqui encontramos um gigantesco e magnífico areal. Perfeito não apenas para os veraneantes como também para os amantes de desportos náuticos. Muitos também designam a praia da Figueira como a rainha das praias portuguesas.
A procura da Figueira da Foz não é um fenómeno recente. Na verdade, no final do século XIX, a bela praia da Claridade era já um lugar de eleição entre os aristocratas portugueses. Lá procuravam e encontravam o sol e a tranquilidade. Aqueles que viajam por Portugal e querem conhecer a costa Portuguesa e em particular a costa de Prata, não podem deixar de conhecer esta belíssima cidade. A Costa de Prata engloba a região costeira entre a Barrinha de Esmoriz (distrito de Aveiro) e o concelho de Torres Vedras (distrito de Lisboa). A Figueira da Foz conta com uma população de 28.000 habitantes embora no município residam mais de 63.000 pessoas.
DE CARRO: São 197 quilómetros entre Lisboa e a Figueira da Foz. Uma distância que pode ser percorrida em cerca de duas horas. Se está a considerar ALUGAR um carro, por favor faça-o através deste link!
DE AVIÃO: Se estiver a pensar em ir de avião, saiba que o aeroporto mais próximo fica no Porto. A cidade da Figueira da Foz fica a apenas 140 quilómetros da cidade invicta. Caso esta seja a sua opção, utilize este link para reservar o seu voo (SKYSCANNER). obrigado!
A grande atração da Figueira! Uma vastíssima praia, com uma areia fina e clara. A largura do seu areal é impressionante, quase um quilómetro. Famosa também pela sua água fria (raramente acima dos 17º graus) e pelas suas temperaturas amenas (mesmo no verão). O vento é uma presença assídua. Por essa razão, os tradicionais corta ventos são, na praia da claridade, substituídos por tendas e pequenas “casas”. Apesar destes inconvenientes, não deve deixar de conhecer esta bela praia portuguesa. Pelas suas características naturais, a praia acolhe diversos eventos desportivos como por exemplo os torneios internacionais de futebol de praia e também os eventos de motociclismo na areia. Se é um apaixonado por praias, não deixe de ler o nosso artigo sobre a cidade de Lisboa onde encontrará as melhores praias perto da capital.
Erguido em 1585 no cume de uma pequena elevação quando Filipe II de Espanha era rei de Portugal. O forte fica de frente para o Rio Mondego porque defendia a entrada na cidade pelo rio. Formava em conjunto com o Forte de Palheiros e a fortaleza de Buarcos, um triângulo defensivo contra o ataques de piratas. Em 1602, o forte foi atacado por corsários ingleses que o danificaram imensamente. A sua restauração aconteceria 40 anos depois mantendo a sua forma triangular (o que é raro em construções defensivas). No principio do século XX, a Fortaleza passou a integrar também um farol no seu interior para guiar a entrada dos navios na foz do Rio Mondego (foi desactivado em 1991).
Qualquer criança da Figueira da Foz pode narrar a história mais famosa deste forte, uma história do princípio do século XIX. Em 1808, o forte foi ocupado por tropas de Napoleão Bonaparte na mesma invasão que expulsou a família real portuguesa para o Brasil. O sargento Bernardo António Zagalo, não se conformou com a invasão francesa e reuniu armas e tropas. Cerca de 3000 voluntários cercaram o forte tomado pelos franceses. Impediram a entrada de todo e qualquer mantimento (água, comida, armas), dando origem à rendição dos franceses em 27 de Junho de 1808. É um dos símbolos da cidade da Figueira da Foz!
O farol do Cabo Mondego faz parte de uma rede de 30 faróis espalhados pelo território continental. A sua função é a de auxílio dos marinheiros. Foi em 1858 que foi edificado o primeiro farol da região (hoje conhecido como farol velho). Este antigo farol encontra-se mais a sul do que o atual e foi dos primeiros a operar em Portugal com uma luz branca elevada a cerca de 80 metros de altura (a sua luz atingia mais de 20 milhas náuticas num dia claro).
Em 1922 é construído um novo farol com uma melhor localização e que acabou por substituir o “farol velho” que se “reforma” ao fim de 65 anos de serviço. Dele restam apenas algumas ruínas que ainda assim merecem uma visita.
É na mata nacional que encontramos as lagoas da vela, da salgueira e das braças. Sítios de grande beleza e vegetação luxuriante! Se gosta de observar aves aquáticas então vai adorar este local! Os patos invernantes são a grande atracção!
O nível da água das Lagoas varia bastante e está muito dependente da chuva que cai (ou não cai) em cada ano. Quando chove abundantemente podemos ver aves como garças e os maçaricos-bique-bique. A lagoa mais bonita é a da Vela. Lá podem-se observar diversas aves ao longo do ano. No Inverno marcam presença o pato-coelheiro. No Outono é a vez do maçarico das rochas e a chilreta sterna. No verão chega a garça-vermelha e a garça real.
As lagoas são também muito procuradas por aqueles que gostam de apanhar um pouco de sol e são uma boa alternativa às praias da costa de prata.
Outra atracção e chamariz turístico é o seu casino localizado no bairro novo. É o mais antigo de toda a península ibérica, fundado no ano de 1900 com o nome de casino oceano. É o grande centro de vida nocturna da Figueira da Foz. As ruas que circundam o casino são muito utilizadas para passear. Por esse motivo, muitos artistas plásticos expõem as suas obras nas ruas circundantes.
O palácio Sotto Mayor foi mandado construir por Joaquim Sotto Mayor no princípio do século XX. Joaquim foi um importante e bem-sucedido empreendedor. Depois de regressar do Brasil, apaixonou-se pelas belezas da Figueira e decidiu por ali ficar. Recorreu a um arquitecto francês (daí o estilo francês desta construção). O Palácio tem uma fachada vistosa e fica no interior de um magnífico jardim romântico. A sua construção durou 20 (!) anos e, se o seu exterior é belo, o seu interior é belíssimo.
E não se esqueça que a beleza desta atração não se esgota no edificio. Terminada a visita, passeie-se pelos jardins circundantes e olhe com atenção para a bela torre localizada numa dos extremos deste parque. O palácio é, desde 1967, propriedade do casino da figueira. As visitam só podem ser feitas entre o dia 1 de Junho e o dia 31 de Agosto. entre as 10 e as 18h. As visitas guiadas têm uma duração aproximada de 45 minutos.
O museu António dos Santos Rocha abriu as suas portas em 1894. Ao longo do século XX, passou por diversos espaços físicos. Passou por uma fase de grande esplendor e reconhecimento nacional e internacional até 1910. As suas publicações eram reconhecidas e tidas como referências científicas. Este facto fez desta instituição uma referência científica durante a primeira década do século XX. O museu conta com um centro de documentação com obras relacionadas com História de Arte, Museologia, Arqueologia, escultura religiosa, numismática, etnografia africana e asiática, mobiliário indo-português e um conjunto de armas que foram utilizadas nas grandes guerras mundiais . Tem também uma importante bibliografia relacionada com a história local da Figueira da Foz. Aqueles que visitam o museu podem utilizar a sua sala de leitura.
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É a maior extensão de floresta perto da Figueira da Foz. Tem 400 hectares e é um local com de grande valia ambiental. É um local bastante frequentado pelos residentes da figueira que aqui procuram e encontram um sítio para relaxar. Há vários acessos para o parque florestal (estradas com asfalto vários acessos com terra batida). Aqui fica a melhor solução:
A serra tem imensos trilhos pedonais que podem ser feitos também de bicicleta. Se optar por uma destas opções terá acesso a belos “miradouros” e a um património natural e arqueológico que vale a pena ser conhecido.
No interior do parque florestal, encontrará as casas dos guardas florestais, o farol do Cabo Mondego, uma edificação denominada por Abrigo da Montanha e a capela de Santo Amaro. A Figueira da Foz tem uma forte tradição piscatória e a história do seu povo não se pode dissociar do mar. Por esse motivo, e se verdadeiramente quer sentir a cidade, sugerimos a visita a Buarcos e à Costa de Lavos.
Buarcos é uma freguesia pertencente à Figueira da Foz e conta com cerca de 19.000 habitantes. Encontra-se integrada na densidade urbana da Figueira, mas continua a manter as suas características e tradições particulares. Estas particularidades são visíveis ao nível da arquitectura dos edifícios onde continua a ser muito evidente a tradição piscatória.
DISTÂNCIA ENTRE A FIGUEIRA DA FOZ E BUARCOS
Foi sede do concelho a partir de 1342 e durante muito tempo foi mais importante do que a própria Figueira da Foz. Ainda hoje a sua população continua fortemente ligada ao mar apesar de existir um crescente número de pessoas que vive do turismo da Figueira da Foz. Buarcos é hoje apenas uma área da Figueira mas é, seguramente, a mais interessante e carismática freguesia da cidade.
Construída entre o século XVI e o século XVII, esta fortaleza tinha como missão a defesa da vila dos ataques piratas.
Visitar os mercados nacionais é, para mim, uma autêntica experiência sociológica! O mercado municipal de Buarcos é muito elogiado por quem o procura. Lá poderá comprar peixe fresco, marisco, vegetais e frutas de muita qualidade. A simpatia de quem lá trabalha é outro atrativo deste local. O espaço é agradável, bonito e muito limpo! Se procurar no google, vai encontrar uma lista quase interminável de clientes satisfeitos com o mercado de Buarcos. É um sítio que não pode deixar de visitar.
Os famosos pelourinhos foram utilizados durante a idade média como local de exibição e punição de (supostos) criminosos. Buarcos tem 2 pelourinhos dado que um deles pertencia à antiga freguesia de Redondos.
Foi construído para prestar uma sentida homenagem aos pescadores da região e também para dar a conhecer a vida e a dureza destes bravos homens. Os trajes dos pescadores e os barcos utilizados na pesca do bacalhau no mar do Norte são duas das atrações deste magnífico museu. Visitar este local é muito mais do que uma ida ao museu. É um momento de reflexão sociológica.
Na área mais elevada de Buarcos, encontramos a torre de redondos. Foi edificada no local onde se encontrava o castelo que defendia a aldeia. Hoje podemos ver apenas as ruínas da torre que foi reconstruída depois da demolição do castelo (1854).
A bela igreja da misericórdia foi mandada construir por dom Manuel I no séc. XVI. Da construção inicial, sobrevivem já muito poucas componentes como servem de exemplo a porta lateral da igreja e, no interior, o púlpito, a sacristia, os altares e os azulejos.
A capela da nossa senhora da Conceição fica perto da estrutura defensiva de Buarcos e foi erigida no século XVI. Tem um exterior simples e um interior muito interessante. A talha dourada do altar, as colunas torcidas, os azulejos azuis e brancos e um painel com imagem com a nossa senhora da Conceição (datado de 1714), são os elementos de maior atratividade. É uma capela que ostenta a classificação de imóvel de interesse público.
Segue-se uma lista (e respetivas classificações) de hoteis e alojamentos na Figueira da Foz..
ALOJAMENTO | CLASSIFICAÇÃO |
COSTA DE PRATA HOTEL | 8.2 |
EXE WELLINGTON | 8,5 |
MALIBU FOZ HOTEL | 8,9 |
SUN WITH STYLE | 9,3 |
CASA DA MURALHA | 9,4 |
FLAT CASINO BEACH FIGUEIRA DA FOZ | 9,2 |
FONTE DA FOZ | 9 |
VILLAMAR FIGUEIRA DA FOZ | 9,1 |
Andar a pé é sempre a melhor forma de conhecer o centro das cidades. Para os amantes de caminhadas aqui fica uma sugestão que lhe irá permitir conhecer o centro da Figueira, o seu casino, o forte de Santa Catarina, a marginal e magnífica praia da Claridade.
A Costa de Lavos é uma aldeia piscatória. Lá poderá ter contacto com a Arte Xávega (um tipo de pesca artesanal). Não deixe de visitar a rua dos pescadores onde poderá ver duas casas-museu. Um testemunho físico sobre a história e o modo de vida dos pescadores desta localidade no passado. Absolutamente imperdível!
Terminada a visita, siga para a praia e veja com os seus próprios olhos a arte de bem pescar com a Arte Xávega. Esta técnica foi muito utilizada em Portugal nas regiões entre Espinho e Setúbal.
É estendida uma rede no mar que tem como missão juntar os peixes. De seguida, os pescadores para a praia de forma a prender a rede a um trator que puxa a rede (e os peixes capturados) para terra. Este tipo de pesca é praticado entre os meses de junho e agosto de cada ano. Caso pretenda ver com os seus próprios olhos, peça informações sobre os dias e os horários na casa dos pescadores que fica da rua dos pescadores número 8.
Abriu as suas portas em 2007. O objetivo foi sempre o de testemunhar a relação do homem com o sal e as salinas da região. O museu é formado por um armazém de Sal, uma rota pedestre pelo salgado, uma rota fluvial pelo Mondego e um observatório de aves. É um verdadeiro centro de informação e de educação sobre uma atividade tradicional que continua a ser um elemento de desenvolvimento da região. Se visitar este local vai ter a oportunidade de refletir sobre 5 grandes tópicos: a natureza do sal, o seu lugar na natureza, a tecnologia e o sal, a sua produção, as salinas e a sua conservação.
Por fim, não deixe de fazer o percurso pedestre de 4 quilómetros que envolve a salina. Lá poderá observar os animais com particular destaque para os flamingos (a observar desta ave só é possível de manhã). Terá ainda a oportunidade de admirar o rio prato e os “viveiros” (armazéns e reservatórios de água).
Uma visita à Figueira é sempre apetecível e exequível. No entanto, para poder experenciar todas as suas atrações (visitar o núcleo musológico do Sal, assistir à arte Xávega ou visitar o palácio Sotto Mayor), o período entre Junho e Agosto, sem dúvida, a melhor opção.
É um dos mais bonitos miradouros da cidade. Daqui poderá apreciar a imensidão do oceano Atlântico e ter uma outra perspectiva da Figueira da Foz.
Mais um miradouro que não deve deixar de visitar. Mais uma oportunidade para admirar a extensão do oceano Atlântico e reter uma visão sobre a cidade da Figueira.
A história da Figueira da Foz é muito antiga. Fez parte do reino Suevo, foi ocupada pelos mouros e libertada destes por Fernando Magno em 1064. Juntamente com Coimbra, integrou o reino de Leão e consequentemente o condado portucalense. A população da Figueira ocupa-se de diversas actividades económicas com especialmente destaque para o turismo (principal motor da economia local ). A pesca, a indústria vidreira, a construção naval e a agricultura são outros sectores económicos relevantes da Figueira da Foz..
PLANET PORTUGAL – 2023